Olá gente,
A primeira postagem do meu blog, diz bem qual o maior intuito do meu blog, mostrar que o peixe é o complemento da pescaria, que devemos aproveitar bem mais que ele em uma pescaria.
Escrevi esta matéria em julho de 2010 , e além dos fóruns que participo, foi publicada em alguns jornais , quero que ela seja o carro chefe do meu blog.
Escrevi esta matéria em julho de 2010 , e além dos fóruns que participo, foi publicada em alguns jornais , quero que ela seja o carro chefe do meu blog.
BOA LEITURA!
O PESCADOR e o pescador.
Sou amante da pesca desde
criança, quando meu pai me levava às lagoas , fazendas e conforme o tempo foi
passando me levou a lugares mais distantes, como o Rio Amazonas, Rio Negro, Madeira,
Branco, dentre outros.
Moro em Manaus há 30 anos, e
participei de pescarias em lugares maravilhosos como o Janauacá, que hoje em
dia não proporciona pescarias tão frutíferas quanto a 20 anos atrás.
Mas não é bem disso que vim
falar, mas sim de uma peça de essencial importância para a pesca esportiva, O
HOMEM, que da mesma maneira que faz com que esse esporte se propague cada vez
mais, já o fez e muitos ainda fazem com que ela desapareça aos poucos, ficando
apenas em nossas lembranças momentos e peixes inesquecíveis, assim como suas atitudes vem diferenciando o PESCADOR do pescador a quem vou me referir neste texto.
O PESCADOR é aquele que passa horas arrumando suas coisas em casa, e
a cada isca que pega imagina o peixe a atacando, e a briga que este irá lhe
proporcionar, o PESCADOR, ao ver uma
loja de pesca, olha as novidades, questiona, se intera, e quase nunca resiste a
comprar uma tralha que seja por semana.
O pescador é aquele que tem seu material, mas quase nunca o conhece, usa aquilo que acha que que irá pegar o peixe,
mas não aquilo que lhe proporcionará prazer, que muitas vezes saiu de última
hora correndo atrás de material , por que não sabe onde os colocou, ou ainda
tem que comprá-lo.
O PESCADOR, curte a cada momento a pescaria, seja o simples fato de
entrar em uma embarcação, ou de ir ao um pesque-pague, ele tem a generosidade
de dar e receber, de curtir uma viagem de, 1, 3 , 5 ou 7 dias , do primeiro ao
último dia, das conversas no barco, das risadas, dos tão famosos causos, e das
lembranças que ele sabe que jamais serão esquecidas de toda e qualquer
pescaria, seja ela maravilhosa ou não tão produtiva.
É aquele que sai de sua casa com
a mente, ouvidos e olhos abertos para tudo aquilo que virá recepcioná-lo, como
uma árvore contorcida mais a frente que tem uma forma diferente, um pássaro com
um canto diferenciado, e claro, um peixe que seja ele, o esperado troféu, ou um
intromissor de menor porte que o desejado, porém recepcionado com a festa e
alegria que um peixe merece ao ser fisgado e depois ser solto.
O pescador, já sai com a intenção de ver o peixe, de pegá-lo e embarcá-lo,
seja para tirar uma foto, ou para colocá-lo em uma geleira, esquece tudo que
rodeia e engloba uma pescaria, não liga se o lugar é bonito ou não, se ali
perto havia um outro animal, esquece de compartilhar o que a natureza vem
proporcionar a ele além do peixe, esquece até mesmo do companheiro na hora de
tirar uma foto, e ao pegar um troféu, o tão esperado troféu , indaga: esta bom,
mas eu esperava mais.
Já o PESCADOR ao pegar seu troféu ou não, curte de um a um cada peixe
fisgado, e a mesma emoção ao soltá-lo, e o troféu? Ah, não esqueci não, quando
sai o troféu é uma festa só, gritos, palavrões, goladas de cerveja, cachaça,
qualquer coisa que ele veja pela frente, é o ápice da sua vida naquele momento,
nada mais importa, tira foto de todas as maneiras e posições, entra na água e
fica doido para chegar seja lá onde for e contar sua história, seja quantas
vezes for necessário. Ele vibra quando seu companheiro fisga um peixe, grita
junto, ele quer compartilhar este momento. O PESCADOR vê a pescaria como um filme, onde o peixe é um mero
coadjuvante, porém a partir do momento que é fisgado passa a ser além do
artista principal o diretor, pois é ele quem vai ditar as regras dali em
diante.
E ao final de cada pescaria o PESCADOR observa o tanto quanto ele é
insignificante diante da natureza, o tanto que muitas vezes ele (ser humano) é
cruel e desequilibrado com sua prepotência e imposição.
Esse é um texto de reflexão, para
que a cada pescaria que formos fazer, vejamos nossas atitudes e as dos outros,
de como nós seres humanos nos comportamos diante da natureza, que é perfeita
com seu equilíbrio e sua lei, porém frágil ao sentimento do HOMEM, que acha que
nada se acaba.
Poderia escrever páginas e páginas
sobre esse assunto, porém creio que isto é o suficiente para mudar ou ao menos
causar uma reflexão em muito pescador.
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