quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

NOVIDADES E TENDÊNCIAS (USO E RECOMENDO)

Como pescador, sempre gosto de verificar as novidades e tendências do mercado que podem ser relacionados à pesca.

Vou destacar 03 produtos que chamaram muito minha atenção, eles tem funções importantíssimas para o pescador.
Adquiri os três produtos no exterior , mas acredito que logo estarão no mercado nacional, devido sua eficácia e qualidade.

FIVE FINGERS VIBRAM



Fantástica a performance deste equipamento, leve, versátil, e o que realmente me chamou a atenção foi a sensação de que você realmente está descalço, continuando com a mesma sensibilidade quando esta calçado.
Este produto já existe no mercado nacional .

FISHING GRIP



Outra novidade que me agradou muito, esses alicates dão uma enorme segurança na hora de embarcar o peixe, pois na verdade eles tem a função de alicate de pressão, depois de apertada a trava , não abre mais.
Leves, seguros, e com certeza uma das suas maiores vantagens, ELES FLUTUAM.

REPELENTE PARA ROUPA

                       

Produtos que funcionam muito bem, existem as versões spray e o concentrado para ser misturado com água, para lavagem das suas roupas de pesca.
O efeito do repelente dura até 06 lavagens , não possui cheiro, e acreditem usei e posso dizer, REALMENTE FUNCIONA.
Ideal para aqueles que normalmente tem pele sensível ou que oferece algumas reações com os repelentes que são aplicados direto na pele.
SUGESTÃO: Apesar de realmente se mostrar eficiente, se você  for pescar em um lugar onde a incidência de insetos for muito grande, é sempre bom passar um repelente na pele também.


domingo, 15 de janeiro de 2012

RORAIMA JANEIRO DE 2012

Esta pescaria tem um valor especial para mim, pois queria a anos explorar um pouquinho mais do que já conhecia do rio Branco, e de poder levar minha namorada Larissa, para compartilhar e ver as belezas dos rios de Roraima.
Queria também visitar os amigos que criei ali, por ter operado por 04 anos na região, ter enfrentado as maiores dificuldades da pesca esportiva, A BRIGA HONESTA POR UM ESPAÇO, mantive contatos e vínculo com pessoas de profundo conhecimento da região e uma indignação tão grande quanto a minha, diante das adversidades encontradas no local, que vão além das forças da natureza.
Gostaria de agradecer a várias pessoas por esta pescaria, em primeiro lugar a Deus, por ter me feito ir e voltar em segurança, a Larissa que se mostrou uma eterna companheira e que realmente vestiu a camisa; ao Zé, piloteiro de primeira qualidade, que conhece tudo quando se fala em Rio Branco; Marquival, que me acolheu na chegada e na volta, e ao Wallace, que fez questão assim como o Marquival que eu ficasse em sua estrutura.
Obrigado a todos , pois o sucesso desta pescaria também devo a vocês.

Vamos aos fatos:

A pescaria estava programada a quase 01 ano de antecedência, já havia falado com o Zé , e estávamos somente esperando o melhor momento de ir, ou seja, quando as águas estivessem na caixa.
Saímos de Manaus no dia 06 de janeiro, às 04 hrs , e seguimos até Caracaraí(cerca de 650 km).
Foram aproximadamente 09hrs de viagem, com paradas para fotos, pneu da carreta furado, mas na verdade queríamos aproveitar a viagem ao máximo. 

Chegando a Caracaraí, fomos comprar o restante do suprimento que faltava, dormimos no barco hotel do Marquival e logo pela manhã seguimos viagem até um dos nossos destinos no baixo Rio Branco.
Logo cedo enfrentamos uma chuva constante, mas em nada atrapalhou nossa expedição, até mesmo porque sabemos que a ansiedade é enorme quando se trata de chegada ao local de pesca.


Depois de 04 hrs de viagem, chegamos ao nosso primeiro destino, e a recepção foi melhor que a esperada, o rio estava na caixa, ou seja, a água estava no ponto para peixe, dando a certeza de que a pescaria seria maravilhosa.
Subimos o rio e fomos atrás de um ponto para montar nosso acampamento, pois esta seria nossa morada por 05 dias.
Na arrumação do acampamento já víamos a ação dos peixes e o comentário era unânime, vamos pegar muito peixe!
Confesso que minha maior intenção, nesta pescaria, era de conhecer novos pontos de pesca, para ter um leque maior de opções para atender clientes, fazer a Larissa pegar um troféu, e sentir como estava a situação de pesca em um dos rios do baixo rio Branco.
Consegui cumprir todos os meus objetivos  sem maiores problemas, pois tudo estava favorável para nós.
Acampamento arrumado, saímos no final da tarde para dar uma sondada na região, e ver como os bocudos estavam se comportando.



Não poderia ser diferente, muita ação, com peixes grandes já dando a sua cara no primeiro dia, mostrando que estavam ali para travar batalhas memoráveis.
Na manhã seguinte saímos cedo atrás de um ponto, no qual o Zé havia falado que sairiam os grandes, sem duvidar falei pra ele, LET´S GO!
Dito e feito, lá estavam eles, várias ações e muitos peixes de todos os tamanhos, entraram peixes neste lugar, de 2 a 6 kg. Minha maior preocupação era até então que a Larissa, da mesma maneira que faço com  meus clientes,  pegasse o seu peixão, pois eu conheço a região e sei do potencial, meu maior interesse era que ela saísse dali realizada. Quando avistávamos os grandes, dizíamos para que ela arremessasse, nem sempre saía o arremesso perfeito, e o troféu saía nadando esplendorosamente.








A cada dia que chegávamos ao acampamento, comentávamos das ações e daqueles que escaparam, afinal, história de pescador ou não, O MAIOR SEMPRE ESCAPA!
Amanhecendo o dia, fomos pescar em um lugar que eu conhecia, ali com certeza sairia o troféu da Larissa. Mas o melhor veio depois, com o bom nível das águas, poderíamos adentrar em um lago fechado, lugar onde eu havia pego meu maior tucunaré até os dias de hoje.
Ainda no rio a Larissa teve a sua oportunidade, ao fisgar até então o maior tucunaré da pescaria, mas  a falta de experiência fez com que ela afrouxasse a linha e o peixe saísse nadando lentamente a nossa vista, um tucunaré que facilmente bateria mais de 8kg.
Resolvemos entrar no lago, e depois de 01 hora, chegamos ao lago, que só me trouxe boas recordações, mas o melhor ainda estava por vir.
Logo no primeiro arremesso, peguei um tucunaré de 4 kg, e assim começaram a sair os grandes, saltos enormes, explosões fantásticas, e víamos a todo tempo cardumes de matrinxãs fugindo de vorazes e gigantes tucunarés, explodindo a flor d'agua.
Peguei tucunarés de 6, 7, 8kg , e a Larissa finalmente desencantou, pegando seu tucunaré e travando uma briga no limpo, sem estruturas de enrosco, de muitas risadas minhas e do Zé, pois ela já estava desesperada, pedindo para que nós pegássemos a vara para ela , mas falávamos o seguinte: esse tem que ser todo seu, canse o bicho! No final, um belo tucunaré de 8,5kg, nada mal para uma caloura.
















No dia seguinte fomos encontrar com o amigo Wallace, também operador da região, e que eu queria conversar para saber da atual situação do rio, e como sempre, firmar mais ainda nossa parceria, pois sempre ajudamos um  ao outro quando estamos no rio, e fora dele.
Passei meu aniversário com um grupo espetacular onde demos muitas risadas e muita conversa.
Queria aqui, dar ênfase ao pesque e solte, pois ainda existem correntes à afirmar, que essa atividade mata o peixe, que o peixe não resiste , tenho aqui fotos  de um tucunaré de 6kg, para comprovar que a natureza se supera e que a porcentagem de mortalidade é muito pequena.
No retorno para Caracaraí, paramos por cerca de 30 min para pescar pirararas, tive 04 ações, duas linhas estouradas, e uma linda pirarara de 20kg.





E essa foi nossa maravilhosa aventura no Rio Branco, onde estarei retornando e organizando grupos para a nova temporada, pois esse rio com certeza, ainda é um dos mais piscosos de toda a Amazônia.

Um grande abraço e até a próxima!

PESQUE E SOLTE , SEMPRE!

FÁBIO SANCHES

O PESCADOR e o pescador!


Olá gente,
 A primeira postagem do meu blog, diz bem qual o maior intuito do meu blog, mostrar que o peixe é o complemento da pescaria, que devemos aproveitar bem mais que ele em uma pescaria.
Escrevi esta matéria em julho de 2010 , e além dos fóruns que participo, foi publicada em alguns jornais , quero que ela seja o carro chefe do meu blog.

BOA LEITURA!





O PESCADOR e o pescador.



Sou amante da pesca desde criança, quando meu pai me levava às lagoas , fazendas e conforme o tempo foi passando me levou a lugares mais distantes, como o Rio Amazonas, Rio Negro, Madeira, Branco, dentre outros.

Moro em Manaus há 30 anos, e participei de pescarias em lugares maravilhosos como o Janauacá, que hoje em dia não proporciona pescarias tão frutíferas quanto a 20 anos atrás.

Mas não é bem disso que vim falar, mas sim de uma peça de essencial importância para a pesca esportiva, O HOMEM, que da mesma maneira que faz com que esse esporte se propague cada vez mais, já o fez e muitos ainda fazem com que ela desapareça aos poucos, ficando apenas em nossas lembranças momentos e peixes inesquecíveis, assim  como suas atitudes vem diferenciando o PESCADOR do pescador a quem vou me referir neste texto.

O PESCADOR é aquele que passa horas arrumando suas coisas em casa, e a cada isca que pega imagina o peixe a atacando, e a briga que este irá lhe proporcionar, o PESCADOR, ao ver uma loja de pesca, olha as novidades, questiona, se intera, e quase nunca resiste a comprar uma tralha que seja por semana.

O pescador é aquele que tem seu material, mas quase nunca o conhece,  usa aquilo que acha que que irá pegar o peixe, mas não aquilo que lhe proporcionará prazer, que muitas vezes saiu de última hora correndo atrás de material , por que não sabe onde os colocou, ou ainda tem que comprá-lo.

O PESCADOR, curte a cada momento a pescaria, seja o simples fato de entrar em uma embarcação, ou de ir ao um pesque-pague, ele tem a generosidade de dar e receber, de curtir uma viagem de, 1, 3 , 5 ou 7 dias , do primeiro ao último dia, das conversas no barco, das risadas, dos tão famosos causos, e das lembranças que ele sabe que jamais serão esquecidas de toda e qualquer pescaria, seja ela maravilhosa ou não tão produtiva.
É aquele que sai de sua casa com a mente, ouvidos e olhos abertos para tudo aquilo que virá recepcioná-lo, como uma árvore contorcida mais a frente que tem uma forma diferente, um pássaro com um canto diferenciado, e claro, um peixe que seja ele, o esperado troféu, ou um intromissor de menor porte que o desejado, porém recepcionado com a festa e alegria que um peixe merece ao ser fisgado e depois ser solto.

O pescador, já sai com a intenção de ver o peixe, de pegá-lo e embarcá-lo, seja para tirar uma foto, ou para colocá-lo em uma geleira, esquece tudo que rodeia e engloba uma pescaria, não liga se o lugar é bonito ou não, se ali perto havia um outro animal, esquece de compartilhar o que a natureza vem proporcionar a ele além do peixe, esquece até mesmo do companheiro na hora de tirar uma foto, e ao pegar um troféu, o tão esperado troféu , indaga: esta bom, mas eu esperava mais.

Já o PESCADOR ao pegar seu troféu ou não, curte de um a um cada peixe fisgado, e a mesma emoção ao soltá-lo, e o troféu? Ah, não esqueci não, quando sai o troféu é uma festa só, gritos, palavrões, goladas de cerveja, cachaça, qualquer coisa que ele veja pela frente, é o ápice da sua vida naquele momento, nada mais importa, tira foto de todas as maneiras e posições, entra na água e fica doido para chegar seja lá onde for e contar sua história, seja quantas vezes for necessário. Ele vibra quando seu companheiro fisga um peixe, grita junto, ele quer compartilhar este momento. O PESCADOR vê a pescaria como um filme, onde o peixe é um mero coadjuvante, porém a partir do momento que é fisgado passa a ser além do artista principal o diretor, pois é ele quem vai ditar as regras dali em diante.
E ao final de cada pescaria o PESCADOR observa o tanto quanto ele é insignificante diante da natureza, o tanto que muitas vezes ele (ser humano) é cruel e desequilibrado com sua prepotência e imposição.



Esse é um texto de reflexão, para que a cada pescaria que formos fazer, vejamos nossas atitudes e as dos outros, de como nós seres humanos nos comportamos diante da natureza, que é perfeita com seu equilíbrio e sua lei, porém frágil ao sentimento do HOMEM, que acha que nada se acaba.

Poderia escrever páginas e páginas sobre esse assunto, porém creio que isto é o suficiente para mudar ou ao menos causar uma reflexão em muito pescador.